Olá, corajosa!
Aqui é a Maris e essa é a “nova news” Escrito à Mãe. Nova, porque muitas das minhas leitoras acompanhavam a antiga #conteúdoquetecuida, fin(aliz)ada em agosto.
Chegou setembro, a vida se renova e é um momento propício para criar a coragem para parir algo que venho gestando há tempos.
Antes de tudo, muito grata por estar aqui neste canal de conexão mais próxima entre nós, longe do tumulto instagrâmico. Aqui podemos ter mais foco e aprofundar nossas conversas.
Se você me acompanha há tempos ou se está chegando agora, seja muito bem-vinda. E me chame de Maris, assim, no plural. Sou escritora, praticante e facilitadora de CNV há mais de 12 anos, especialista em Neurociência e Comportamento, escutadora de mães e mãe de dois.
A news Escrito à Mãe é para você que quer assumir a autoria sua própria vida, na maternagem e além dela, com a responsabilidade que isso pede e a liberdade que isso traz. Aqui, você vai fazer parte de uma comunidade de mulheres mães que buscam transformar a maneira como se relacionam consigo mesmas, com seus filhos, amores e amizades.
Semanalmente, você vai receber conteúdo para apoiá-la a se comunicar de forma empática e ao mesmo tempo assertiva, para você se tornar a autora de sua própria história, na maternagem e além dela. Faço isso porque quero que você viva com mais presença, consciência e coragem de criar narrativas mais bonitas em sua vida, com relacionamentos mais saudáveis e conexões mais verdadeiras. Para você se manter humana enquanto cria seres humaninhos, sabe?
Sim, porque ser mãe e querer ser mais é um ato de coragem. Coragem para enxergar a nós mesmas como seres humanos – e não como corpos à serviço do patriarcado. Coragem para saber-se humana – com tudo o que isso significa de sonhos, vulnerabilidades, sentimentos muitas vezes contraditórios, necessidades reais e o desejo de viver em paz e cultivar amor. Sim, amor enquanto intenção e ação, na forma como criamos nossos filhos e como nos recriamos para uma existência com mais sentido.
É preciso coragem para se deixar afetar pelo que nos faz humanas, sem anestesiar os sentimentos. Coragem para enxergar as crianças como seres humanos - e não como marionetes que devem obedecer aos nossos comandos. Coragem para ouvir a verdade que a criança expressa, sem calar a sua voz. Coragem para usar nossa própria voz à serviço da vida e expressar a verdade viva em nós. Coragem para criar um mundo mais bonito e equânime. Coragem para apoiarmos umas às outras, mulheres, mães, humanas.
Dá sua mão e vem tecer sua própria história, dos ouvidos até a pontinha da língua, passando pelo coração. Porque, afinal, “coragem” é “agir com o coração”.
Vírgula Viva
Essa seção traz a cada news uma sugestão de prática para integrar a inteligência emocional, relacional e intuitiva em sua vida de mulher que é mãe e muito mais. Tenha um caderninho para começar a escrever novos capítulos em sua vida, mais alinhados aos valores que você acredita. Vem comigo.
A Vírgula Viva de hoje é algo bem simples, mas não simplista, para começar: reserve um caderninho no qual você possa escrever sobre como você está se sentindo. Exatamente. Ao menos uma vez por dia, pare, observe-se e escreva algumas linhas sobre o que está vivo em você, como você está se sentindo naquele exato momento. Uma vírgula para respirar e sair do enredo das histórias que sua cabeça te conta. Uma pausa. Um check-in. Essa é uma prática inspirada na Comunicação Não-Violenta e pode apoiar você a:
Se conectar consigo mesma
Se organizar internamente
Aumentar seu vocabulário sobre sentimentos
Criar espaço interno para agir e interagir mais alinhada ao que acredita
Diálogos
Nesta seção, você encontrará uma dica de livros, filmes, séries ou documentários que realmente valham o seu precioso tempo de mulher mãe – e que possam expandir nosso diálogo com o tema da semana.
O diálogo desta semana talvez seja óbvio e previsível, mas o trabalho de Brené Brown foi o que ajudou a popularizar os conceitos de coragem, empatia e vulnerabilidade – e é quase impossível não citá-la hoje em dia, ao falar sobre estes temas. Conheci seus livros logo que foram lançados no Brasil, lá pelo idos de 2012, 2013. Naquele momento, eu tinha recém-saído de um aprofundamento sobre Comunicação Não-Violenta com Dominic Barter, que aconteceu ao longo de vários encontros em 2011, e estava muito interessada em tudo o que pudesse expandir meus conhecimentos sobre toda aquela experiência que tinha sido para mim tão transformadora. Lembro de ter compartilhado o livro com algumas pessoas que também estavam investigando a Comunicação Não-Violenta, porque achei muitos paralelos entre o que a autora dizia e o que nós vivenciávamos na prática. Ninguém a conhecia. Lembro de ler seus livros e pensar: “Pô, mas isso que ela diz sobre empatia, coragem e vulnerabilidade, Marshall Rosenberg já falou de outra forma e é o que nós experimentamos na prática da Comunicação Não-Violenta”. E era mesmo. Mas na época do Marshall não havia TEDx nem uma internet tão poderosa a ponto de tornar rapidamente conhecida uma professora de Houston. E talvez o tema “coragem” e “empatia” seja mais palatável que “não-violência”. Enfim, fato é que Brené Brown trouxe a empatia e a vulnerabilidade para o centro de muitas conversas, ficou famosa, escreveu vários livros e contribuiu para espalhar esses conceitos tão fundamentais para ter relações humanas mais verdadeiras e saudáveis. Por isso, minha recomendação de hoje é o documentário na Netflix, Brené Brown – The call to courage, em que ela fala um pouco sobre sua trajetória e sobre, naturalmente, coragem. Leve, divertido e inspirador. Se assistir, me conta como te tocou?
Nota de rodapé
E, para celebrar o início deste novo ciclo juntas, vou te dar 20% de desconto no meu livro “Autocuidado na Maternagem – o caminho da Comunicação Não-Violenta para equilibrar a relação com os filhos e consigo mesma”. Toque aqui, digite o cupom escritoamae (sem acentos) e descubra como ter coragem para maternar de forma consciente e transformadora, sem esquecer de si mesma. Leitura fundamental para todas as mulheres mães.
Até breve. And stay brave!
Um abraço, com amor,
Maris